Seguiremos na resistência

Após o anúncio do resultado das eleições no último domingo, Renato Roseno lembrou em suas mídias sociais do poema “De mãos dadas”, de Carlos Drummond de Andrade. Os versos do poeta mineiro serviram de convite para a renovação da resistência frente aos imensos desafios colocados para os defensores dos direitos sociais e da democracia brasileira a partir de agora. Vamos juntos e juntas. Ninguém solta a mão de ninguém!

"Não serei o poeta de um mundo caduco / Também não cantarei o mundo futuro / Estou preso à vida e olho meus companheiros / Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças / Entre eles, considero a enorme realidade / O presente é tão grande, não nos afastemos / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas // Não serei o cantor de uma mulher, de uma história / Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela / Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida / Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins / O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes / A vida presente"

Parlamentares e servidoras manifestam repúdio a postagens misóginas

"A onda de populismo autoritário no Brasil tem gerado um retorno aos recalques mais machistas de uma sociedade ainda em permanente disputa sobre suas próprias estruturas. Uma parcela da população masculina não consegue conviver com as diferenças e com as demandas da equidade de gênero". Em aparte ao pronunciamento da deputada estadual Augusta Brito (PCdoB) na manhã desta terça-feira (30), o deputado Renato Roseno (PSOL) manifestou seu repúdio às postagens ofensivas feitas por um assessor parlamentar da Assembleia Legislativa contra as mulheres que votaram em Fernando Haddad. Entre outros impropérios, o assessor classificou as eleitoras do candidato petista de "vadias" e "vagabundas".

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Renato condena clima de ameaças e de violência política

O clima de acirrada polarização das eleições presidenciais fez se multiplicarem em todo o País os casos de ataques, agressões e mesmo de assassinatos motivados por questões políticas. No Ceará, o jovem Charlione Lessa Albuquerque, de 23 anos, foi assassinado a tiros no último sábado quando acompanhava a carreata de apoiadores do candidato Fernando Haddad (PT), em Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza. No domingo, um homem foi decapitado na comunidade Babilônia, no Passaré, supostamente por ser eleitor de Jair Bolsonaro. Também no domingo, um assessor parlamentar da Assembleia Legislativa do Ceará postou mensagens misóginas classificando as eleitoras de Haddad como “vadias” e “vagabundas”. Para o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), todos os episódios de violência política motivados por intolerância merecem ser repudiados e devem ser responsabilizados.

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//// ACONTECEU

Acampamento do MST é atacado em Tamboril

O acampamento Irmã Dorothy, do MST, em Tamboril, foi incendiado na noite da última terça-feira (30). De acordo com os acampados, quatro homens se aproximaram, atearam fogo próximo aos barracos, saíram correndo aos gritos e fugiram usando motocicleta. Manifestamos nossa solidariedade às 150 famílias que aguardam há quatro anos pela desapropriação da Fazenda Cacimbinha e que viveram momentos de pânico com esse ataque criminoso. E reafirmamos que a questão agrária nunca será resolvida com violência, mas com políticas públicas que promovam a justa e efetiva redistribuição do imenso passivo de terras improdutivas existentes no Brasil.

Ato na Gentilândia celebra memória de Herzog

Um grande ato em defesa da democracia foi realizado na Praça da Gentilândia na última quinta feira (25), para homenagear Vladimir Herzog, jornalista morto nos porões da Ditadura Militar em outubro de 1975. A morte de Herzog simboliza todo o horror da ditadura. Foram vários mortos e desaparecidos, famílias que até hoje não conseguiram enterrar seus filhos. Várias testemunhas daquela época, que sofreram com a repressão, participaram do encontro, reafirmando tudo aquilo que não queremos para o Brasil hoje, celebrando o compromisso com a democracia, a memória e os direitos. #DitaduraNuncaMais

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//// EXTRA

Executiva Nacional do PSOL responde declarações de Bolsonaro no JN

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou, na noite da última segunda-feira (29), em entrevista ao Jornal Nacional, que se referia à cúpula do PT e do PSOL quando afirmou que “marginais vermelhos” seriam banidos do Brasil em seu governo. “Foi um discurso inflamado, com a Avenida Paulista cheia. Logicamente, estava me referindo à cúpula do PT, do PSOL. O próprio Boulos havia dito que invadiria minha casa”, afirmou, em referência ao nosso candidato presidencial. Bolsonaro demonstrou, mais uma vez, seu despreparo e total descompromisso com a democracia, sua histórica incapacidade de conviver com a diferença e, particularmente, com quem fará uma oposição firme e democrática ao seu governo.

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Vai ter resistência em Fortaleza

Bolsonaro venceu a eleição presidencial uma semana após discursar para manifestantes na Av. Paulista prometendo o exílio ou a prisão para seus opositores. Pois milhões de militantes em todo o País decidiram dizer que, entre o exílio e a prisão, escolhem a rua para reforçar a resistência democrática. Um grande ato foi realizado na Praça da Gentilândia na última terça-feira (30), do qual participaram movimentos sociais e militantes de partidos de esquerda. Foi um encontro para reafirmar que o presidente eleito e todo o seu discurso de ódio e restrição de liberdades e direitos não nos representa. Seguiremos juntos com coragem e de mãos dadas, lutando por um país democrático, livre, humano, de todos e todas nós!