Um ano depois, Marielle se fez semente de luta, amor e resistência
Na última quinta-feira, 14, fez um ano que Marielle não morreu. Na sombra de nossos dias, seu sorriso resplandece enorme, símbolo de garra e coragem, de solidariedade e empatia. Virou inspiração permanente aos que colocaram o amor acima de tudo e seguem lutando contra o ódio e contra a injustiça.
Fez um ano desde que ela não nos deixou. Porque, como dizia o poeta, chega um tempo em que a vida é uma ordem. E a memória de sua presença e de sua liderança segue iluminando a caminhada daqueles e daquelas que, assim como ela, assumiram justamente o compromisso com a luta em defesa da vida e dos direitos humanos.
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Manifestações em Fortaleza celebram a memória de Marielle e pedem justiça
No 14 de março, o dia amanheceu por Marielle. Em diversas cidades do Brasil e do mundo, milhares de pessoas ocuparam as ruas para exigir justiça para ex-vereadora e seu motorista Anderson Gomes, que, há exatamente um ano, foram brutal e covardemente executados quando saíam de uma atividade com mulheres negras na região central da cidade do Rio de Janeiro.
Em Fortaleza, as manifestações se concentraram pela manhã, na praça Murilo Borges, no Centro; e à tarde, na praça da Gentilândia, no Benfica, onde foi realizado um ato interreligioso. Somente no Rio de Janeiro, foram mais de 20 manifestações em diferentes locais. No exterior, cidades da América do Sul, EUA, Canadá, Austrália e Europa também promoveram atos em homenagem a Marielle.
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Mulheres marcham contra Bolsonaro, o feminicídio e a reforma da previdência
O dia 8 de março é, tradicionalmente, uma data em que as mulheres se insurgem no Brasil inteiro contra o machismo e o patriarcado. Este ano, porém, elas foram às ruas com mais uma agenda de denúncias e reivindicações: o não ao feminicídio e à violência de gênero. A violência que vitimou Stephani, Ingrid, que vitima mulheres trans como Dandara, que vitimou Marielle.
O ato do 8 de março em Fortaleza também foi um momento para dizer que a reforma da previdência proposta por esse governo misógino e machista é uma proposta particularmente ruim para as mulheres. Caso das professoras, por exemplo. Na regra atual, a idade mínima para professoras da rede pública se aposentarem é de 50 anos - e dos professores 55 anos. Com a proposta de Bolsonaro, a idade mínima passa a ser 60 anos para ambos o sexos e 30 anos de contribuição, mesmo tempo exigido para os professores.
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Bolsonaro critica educação sexual enquanto HIV e gravidez crescem entre adolescentes
Ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais a materiais de educação sexual distribuídos pelo Ministério da Saúde não poderiam vir em pior hora. Segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), agência de desenvolvimento internacional da ONU que trata de questões populacionais, o Brasil segue com taxas de gravidez na adolescência acima da média latinoamericana. De acordo com informações divulgadas pela entidade no ano passado, a taxa mundial de gravidez adolescente é estimada em 46 nascimentos para cada 1 mil meninas entre 15 e 19 anos. Na América Latina e no Caribe, essa taxa é de 65,5 nascimentos, superada apenas pela África Subsaariana. No Brasil, entretanto, a taxa chega a 68,4 nascimentos para cada 1 mil adolescentes.
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Semana da Mulher: Renato conversa sobre políticas públicas em Aracati
Na manhã da quarta-feira, 13, o deputado estadual Renato foi ao Vale do Jaguaribe participar da IV Semana da Mulher da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Aracati. Em pauta: as políticas públicas voltadas para as mulheres. Ou, mais especificamente, a ausência dessas políticas no cotidiano das populações de municípios como Aracati. Exemplo disso são as Delegacias de Defesa da Mulher, que deveriam existir nos 26 municípios cearenses acima de 60 mil habitantes; mas que foram implantadas em apenas 10. O evento também contou com palestra de Socorro Lima, da Comissão Pastoral da Terra. Para ela, as tentativas de esvaziar o significado do dia de lutas das mulheres é uma espécie de feminicídio simbólico. “Mesmo que seja um grande desafio, nossa única alternativa hoje é a luta contra as diversas formas de opressão”, destacou.
//// EXTRA
Sindifisco promove debate para desconstruir mitos sobre a previdência
A Delegacia Sindical do Ceará (DS Ceará) do Sindifisco Nacional promove em Fortaleza, no próximo dia 22 de março, um seminário sobre a reforma da previdência. O objetivo é oferecer contrapontos ao discurso único em torno da reforma, anunciada exaustivamente pela grande imprensa como uma panaceia para a economia brasileira - quando, na verdade, reflete apenas os interesses do grande mercado financeiro e promove a destruição do nosso sistema de seguridade social. Entre os convidados, nomes de peso como Denise Gentil (professora da UFRJ), Eduardo Fagnani (professor da UNICAMP), Floriano Martins (presidente da Anfip) e Maria Lúcia Fattorelli (coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida). O seminário será realizado às 14 horas, no auditório Murilo Aguiar, da Assembleia Legislativa do Ceará.
[+] Confira artigo do professor Eduardo Fagnani publicado na revista Carta Capital
Em videoconferência, Renato conversa com profissionais da rede Marista
Na última quarta-feira, 13, o deputado estadual Renato Roseno esteve em Aracati, conversando sobre direitos humanos de crianças e adolescentes com a equipe pedagógica do Colégio Marista. A palestra de Renato foi transmitida por videoconferência para mais de vinte unidades da rede Marista no País. Segundo o deputado, foi um momento muito especial de troca de ideias e de sensibilização sobre o tema. Para Renato, a sociedade brasileira vive tempos difíceis e a afirmação dos direitos humanos é, além de uma trincheira de resistência às mais variadas opressões, também uma chave importante de compreensão dos nossos dias.
Conselho Nacional de Direitos Humanos discute crise do sistema prisional
A crise do sistema penitenciário cearense foi pauta da reunião do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) realizada em Brasília, no último dia 12. O deputado estadual Renato Roseno, presidente a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, foi um dos convidados do encontro, que também contou com a presença de representantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos e da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila). Além da situação nas penitenciárias cearenses, a reunião também discutiu a crise no sistema prisional do Ceará e de Rondônia; o pacote contra o crime lançado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro; alterações na Política Nacional de Saúde Mental; e a reforma da previdência. Durante o encontro, os peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura apresentaram os resultados preliminares da visita feito ao Ceará no início do mês. Diante dos informes, o CNDH deliberou por enviar uma missão ao Estado nos próximos dias 8 e 9 de abril.