A Sala Técnica de Saneamento divulgou esta semana o documento "Recomendações para prevenção do contágio da COVID-19 pela água e esgoto doméstico". O objetivo do documento é informar a população e subsidiar os tomadores de decisão em relação a estratégias de proteção da saúde das pessoas e de prevenção da disseminação da doença. A Sala Técnica é composta por 250 profissionais da área de saneamento, que atuam, principalmente, como pesquisadores, gestores e/ou técnicos de instituições de ensino superior, instituições governamentais e empresas de tratamento de água e esgoto doméstico do Brasil.
Segundo os pesquisadores, a garantia de fornecimento de água potável de qualidade, que constitui um direito fundamental inerente à pessoa humana, e a provisão de condições de saneamento adequadas são fatores essenciais para a segurança e proteção da saúde da população, especialmente durante surtos de doenças infecciosas. Eles citam que alguns estudos identificaram a persistência de vírus semelhantes ao coronavírus em águas naturais e no esgoto por mais de 10 dias e também revelaram a possibilidade de contaminação por meio de gotículas (aerossóis) provenientes do esgoto infectado.
Em relação à água, os autores do documento alertam que é de grande importância que os responsáveis pelos sistemas de abastecimento público procedam a desinfecção da água antes da distribuição. É essa desinfecção, feita em caráter preventivo e corretivo, que vai exterminar o coronavírus da água que chega à casa das pessoas.
"Os métodos convencionais de tratamento de água para potabilização, utilizados pela grande maioria dos sistemas de abastecimento público no Brasil, já dispõem dos processos de filtração e desinfecção, que devem remover ou inativar o vírus que causa a COVID-19", diz o documento. "No entanto, há, ainda, muitos municípios brasileiros cujas águas de abastecimento público não são submetidas à etapa de desinfecção antes da distribuição". (Texto: Felipe Araújo / Foto: Divulgação)
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