Resistir e lutar. Aos trabalhadores e às trabalhadoras, não há outra alternativa. O cenário deste 1o. de maio é de uma gravíssima crise sanitária, que já vitimou mais de 400 mil pessoas no Brasil; de um aprofundamento brutal da fome - que voltou a assombrar milhões de famílias - e do desemprego - que atinge mais de 14 milhões de brasileiros e brasileiras, segundo dados divulgados pelo IBGE na manhã da última sexta-feira, 30; e de um recrudescimento do autoritarismo e da perseguição bolsonarista às lideranças sociais em todo o País.
É preciso, portanto, resistir à Covid e à negligência criminosa de Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, lutando por vacina e renda básica e também pelo fortalecimento do estado social, em particular, a saúde pública e a assistência social, cujos trabalhadores e trabalhadoras estão na linha de frente do combate ao coronavírus. É necessário também resistir ao aumento da exploração e à precarização do trabalho, lutando por mais direitos tanto na iniciativa privada quanto no setor público, que sofre uma tentativa de desmonte por Paulo Guedes através das privatizações e da reforma administrativa. Por fim, é preciso estancar Bolsonaro, é preciso parar sua política de morte, miséria e violência, lutando em defesa da democracia e do estado de direito.
O Brasil quer paz e trabalho, quer saúde e educação, quer vacina e comida na mesa. Por isso, ao mesmo tempo em que destacamos a necessidade de todos esses processos de resistência e luta, reafirmamos também a necessidade de celebração. Celebrar, hoje e sempre, os trabalhadores e trabalhadoras, a classe que vive do seu trabalho, que produz a riqueza do mundo, mas não se beneficia da riqueza que ela própria produz. Celebrar homens e mulheres que, mesmo sob permanente ataques daqueles que detém o poder e que se movem apenas pela sanha destrutiva e perversa do lucro, seguem trilhando a jornada em busca de um mundo mais justo e fraterno.
Viva a trabalhadora e o trabalhador brasileiro!
(Texto: Felipe Araújo / Foto: Divulgação)