Uma greve para mostrar a força do povo organizado diante das propostas do governo Bolsonaro que retiram direitos sociais e trabalhistas. Na última sexta-feira, 14, milhões de pessoas foram às ruas em todo o Brasil dizer um retumbante "não" à reforma da previdência e aos cortes na educação. Em Fortaleza, um grande ato percorreu as ruas do Centro da Cidade mobillizando diversas categorias profissionais.
Em todo o Ceará, mais de 60 cidades pararam suas atividades para protestar. Professores, estudantes e trabalhadores em educação, motoristas e cobradores de ônibus, metalúrgicos, servidores públicos, petroleiros, trabalhadores da construção civil, da indústria e do comércio, agricultores familiares, entre outros setores, estiveram nas ruas lutando por direitos.
Para o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), a proposta de reforma apresentada por Bolsonaro e Guedes atinge mais duramente os mais pobres. "Essa proposta é ruim para os professores, para os servidores públicos, para as mulheres e, principalmente, para os nordestinos. Ela não é solidária. Ela empobrece os mais pobres”
Durante todo o dia, os atos convocados por 12 centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo reuniram milhões de pessoas em 380 cidades de norte a sul do país, de acordo com levantamento feito pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Em São Paulo, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, discursou sobre o êxito da Greve Geral. Para o líder do movimento, mesmo após a modificação no texto da reforma que está sendo apreciado no Congresso, ainda há a necessidade de debater outros pontos. "É positivo ter tirado a capitalização e o ataque à aposentadoria rural, mas nós queremos que tire a redução da aposentadoria por invalidez e o aumento da idade mínima para aposentadoria”, argumentou. (Texto: Felipe Araújo, com informações do site Brasil de Fato / Fotos: Galba Nogueira Duarte)