Atentado em Brasília: Brasil não pode normalizar ataques à democracia

14/11/24 12:00

O golpismo bolsonarista atentou novamente contra a democracia em mais um episódio trágico em Brasília. Na noite da última quarta-feira (13), o catarinense Francisco Wanderley Luizum, apoiador de Bolsonaro e filiado ao Partido Liberal (PL), tentou entrar no prédio do STF com explosivos presos ao corpo e morreu ao acionar um dos artefatos na Praça dos Três Poderes. Momentos antes, um carro explodiu no estacionamento que fica entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos.

O episódio chocou o Brasil e reacendeu as lembranças da tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023, quando centenas de apoiadores do ex-presidente, derrotado nas eleições de 2022, tentaram invadir as sedes dos poderes na capital federal, depredando os prédios e destruindo o patrimônio público. Também lembrou eventos como a tentativa de explosão de um caminhão carregado de combustível nas proximidades de aeroporto de Brasília, orquestrada por bolsonaristas em dezembro de 2022.

"O novo atentado contra a Praça dos Três Poderes - em que um apoiador de Bolsonaro tentou explodir bombas contra o Congresso e o STF - reafirma não apenas a incompatibilidade entre a extrema-direita e o estado democrático de direito", afirmou Renato Roseno. "Mas também evidencia a urgência da punição a Bolsonaro e outras autoridades de primeiro escalão que articularam a tentativa de golpe em 2022 e 2023 e insuflaram toda essa atmosfera golpista de ódio e intolerância no país".

Segundo Renato, é preciso investigar esse atentado, assim como avançar na investigação das tentativas anteriores, em partcular para chegar ao núcleo central de quem urdiu esses ataques contra a democracia e de quem segue espalhando discursos de ódio e de violência política. "Ninguém está abaixo nem acima da lei! E nós queremos a justa e correta aplicação da lei", defendeu o parlamentar. "O Brasil não pode normalizar ações como essa. Não podemos nos afastar do compromisso com a democracia e foi essa a resposta que o Brasil deu em 2022". (Texto: Felipe Araújo, com informações da Agência Brasil / Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil)

Áreas de atuação: Política