A atividade é uma iniciativa do nosso Mandato É Tempo de Resistência, do mandato Ecos da Cidade (vereador João Alfredo (PSOL), em parceria com entidades representativas dos movimentos de mulheres em defesa da humanização do parto/nascimento e contra a violência obstétrica. A luta pela humanização do parto é, acima de tudo, uma luta pelo fim da violência contra a mulher, pelo resgate da autonomia das mulheres sobre seus corpos e do protagonismo das mesmas sobre esse vento que marca a vida das mulheres que optam por serem mães.
Uma em cada quatro mulheres que fizeram seus partos no Brasil, foi vítima de violência obstétrica. Ao longo da história, o protagonismo das mulheres no ato de parir foi sendo substituído de maneira imposta pelo mercado da cesárea, onde os médicos decidem como as mulheres irão dar luz aos seus filhos e filhas, lhes retirando o poder da decisão sobre os procedimentos feitos aos seus corpos.
Além das cirurgias cesáreas desnecessárias, com falsas indicações, milhares de mulheres são submetidas a procedimentos violentos, invasivos e até mesmo retrógrados como, por exemplo, a manobra de Kristeller. Além disso há muitos relatos de discursos ofensivos e maus-tratos por parte de médicos e suas equipes.
A audiência pública debaterá a legislação vigente, como a Lei 11.108/2015, conhecida como Lei do Acompanhante (que quando não cumprida acarreta em reprodução da violência), e propostas como a ampliação da Licença Paternidade para 30 dias. A partir desse debate esperamos poder contribuir na transformação deste cenário de violação dos direitos das mulheres.