No dia em que a chacina de Messejana, a maior já registrada no Ceará, completa dois meses, o mandato do deputado estadual Renato Roseno (PSOL) volta a exigir do Governo do Estado respostas efetivas às famílias das vítimas e à sociedade: conclusão das investigações e responsabilização dos autores. Ao mesmo tempo, o mandato pede proteção para os familiares e presta solidariedade a eles. Pelo menos 11 pessoas foram assassinadas entre a noite do dia 11 e a madrugada do dia 12 de novembro, no Curió, na Lagoa Redonda e no Guajeru, um território cujo raio é menor que três quilômetros.
A violência letal, sobretudo contra jovens e adolescentes, é motivadora da ação pública do mandato do deputado Renato Roseno. Por isso mesmo, nos dois meses desde que a chacina aconteceu, o mandato se mobilizou para que não haja impunidade. Além dos pronunciamentos do deputado no plenário da Assembleia Legislativa cobrando esforços do Governo do Estado para a investigação sobre os crimes, o mandato enviou ofícios aos órgãos competentes com pedidos de esclarecimento e compareceu a atos e mobilizações realizados na área da chacina para prestar apoio aos familiares e às comunidades e reforçar o coro dos manifestantes por verdade e justiça.
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O Ceará apresenta elevadíssimo número de homicídios, em especial de homicídios envolvendo jovens e adolescentes. "Somos o segundo estado em mortes de jovens no Brasil, de acordo com o Mapa da Violência. A nossa capital, Fortaleza, tem a triste marca de, num curto espaço de tempo, dez anos, ter chegado à condição de primeira capital em Índice de Homicídios na Adolescência no Brasil", aponta o deputado.
Fortaleza tem uma média de 77 homicídios em todas as faixas etárias para cada 100 mil habitantes ao ano. Na faixa de 12 a 19 anos, essa taxa passa para 136 homicídios por grupo de 100 mil habitantes ao ano. "Isso, sem dúvida alguma, é uma vergonha. Portanto, se instalou no nosso território uma lógica de banalização da morte. A morte ficou banal", afirma o parlamentar.
Logo na sequência da chacina em Fortaleza, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), fez um comunicado à imprensa revelando preocupação com o fato. Entidades no Brasil inteiro assinaram manifestações cobrando pronta resposta do Ministério da Justiça e da Secretaria da Segurança Pública do Ceará. O Conselho Estadual de Direitos Humanos emitiu também uma manifestação. Movimentos locais e nacionais de direitos humanos posicionaram-se claramente contra a lógica de guerra e de massacre.
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