Calendário oficial: conscientização sobre alergia alimentar é tema de lei estadual

30/04/20 11:32

Estamos na Semana de Conscientização sobre a Alergia Alimentar. Instituída pela lei 16.936/19, de autoria do nosso mandato, a semana tem como objetivo promover ações de sensibilização da população cearense acerca do diagnóstico, tratamento e prevenção das diversas formas de alergia alimentar. A lei foi elaborada em parceria com a Associação de Familiares e Amigos de Crianças com Alergias e Intolerâncias Alimentares (AFAC).

Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) revelam que cerca de 8% das crianças com até dois anos de idade e 2% dos adultos sofrem de algum tipo de alergia alimentar. Mais de 170 alimentos são considerados potencialmente alergênicos, mas produtos como leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar são responsáveis por um maior número de reações.

De acordo com a ASBAI, as reações no corpo podem ser cutâneas, gastroinstestinais, orais, nas vias aéreas e cardiovasculares, podendo ir de manifestações leves até reações mais graves, comprometendo vários órgãos e oferecendo potencial risco de morte.

"É necessária a implementação de medidas que atendam a essas pessoas, seja com uma ação de conscientização que auxilie na melhora da qualidade de vida daqueles que sofrem com esse problema, seja ajudando na identificação dos sintomas naqueles que ainda não foram diagnosticados, mas que enfrentam as consequências desta doença", explica Renato.

De acordo com a lei, a Semana de Conscientização sobre a Alergia Alimentar passou a constar no calendário oficial de eventos do Ceará e será sempre realizada no mês de abril de cada ano. As atividade de divulgação e sensibilização sobre a alergia alimentar serao executadas pelo Poder Público Estadual, podendo, para isso, realizar parcerias com municípios e entidades da sociedade civil.

Segundo Aline Saraiva, presidente da AFAC, a inclusão sócio-educacional do debate é uma forma de sensibilizar a sociedade. Para ela, a lei é importante porque a causa ainda é muito invisibilizada no Ceará. "Não há contagem epidemiológica dos nascidos vivos e dos óbitos para alérgicos. Acreditamos que, com a lei, ampliaremos o debate para a política pública e desenvolveremos ações pedagógicas que promovam o respeito, a inclusão e deem visibilidade para causa", afirma. (Texto: Felipe Araújo / Foto: Agência Brasil)

Áreas de atuação: Alergia alimentar