Deputados visitam Centro de Convivência Antonio Justa, em Maracanaú

22/11/18 17:35

A discriminação, seja por qualquer razão, de raça, gênero, nacionalidade, etc, sempre fez mal à sociedade. A história do Centro de Convivência Antonio Justa, em Maracanaú, antiga Colônia Antonio Justa, que recebia os portadores de hanseniase, prova isso. Pessoas eram apartadas do convívio social por conta do preconceito que pesava sobre os então chamados "leprosos", que passavam a ficar isolados na colônia. Na manhã desta quarta-feira, Renato Roseno visitou o Centro de Convivência ao lado da deputada Fernanda Pessoa (PSDB), de gestores públicos de Maracanaú e do governo do Estado, e também de representantes do Movimento Antonio Justa Presente, que tem lutado em defesa dos internos da instituição, além da regularização fundiária e revitalização do equipamento.

“Antigamente, pessoas com hanseníase eram isoladas porque acreditavam que a doença era contagiosa ao extremo. Essa colônia abrigou pessoas doentes da década de 1940 a 1980 e, hoje, ainda restam moradores remanescentes”, destacou Renato. O parlamentar esteve com o Movimento Coletivo Antônio Justa Presente que tem como demandas ações de saúde para os moradores que ainda permanecem no Centro, além da transformação da antiga colônia em patrimônio cultural. “É muito importante que essa memória seja preservada", afirmou.

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O centro foi inaugurado na década de 1940, para receber pacientes portadores de hanseníase, que eram isolados devido ao contágio da doença. A cura veio a partir da década de 1970, mas muitos pacientes permaneceram por toda a vida no local, devido ao estigma e à discriminação que sofriam. NO último dia 6 de novembro, uma audiência pública requerida por Roseno foi realizada na Assembleia Legislativa e discutiu ações de resgate da história do Centro de Convivência, a ampliação do atendimento aos internos e a situação da população do entorno do equipamento.

Na audiência, ficou decidido que a ata do encontro seria enviada ao Ministério da Saúde com o pedido para que a classificação do local seja ampliada para além de socioassistencial e também para que o espaço se transforme em centro de referência dermatológica. Além disso, a Comissão de Direitos Humanos da AL irá solicitar reunião com a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará para tratar sobre o possível tombamento do Centro de Convivência Antônio Justa e a criação de um memorial para preservar a história do local. Também está previsto agendamento de reunião com a Secretaria das Cidades do Estado para tratar da regularização fundiária das casas das famílias que vivem no entorno.

Confira pronunciamento de Renato Roseno: https://bit.ly/2FDjOar

Áreas de atuação: Direitos Humanos, Saúde