O desmonte da educação pública no governo Bolsonaro, feito através de duros cortes orçamentários, e as perversas reformas da previdência e trabalhista foram alvos de protesto na manhã do último sábado (7), na Praia do Futuro, durante a realização do XXV Grito dos Excluídos. O ato acontece desde 1995, sempre na semana de comemoração do 7 de setembro, e tem como objetivo denunciar as injustiças sociais e os mecanismos de exclusão da sociedade brasileira.
A edição deste ano teve como tema “Este sistema não vale! Lutamos por Justiça, Direitos e Liberdade!”. Segundo os organizadores, os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão seriamente ameaçados no atual contexto brasileiro. "O ajuste fiscal, a reforma trabalhista aprovada e, agora, o projeto de reforma da previdência estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população", diz a nota oficial lançada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em Fortaleza, o protesto teve início na escola Frei Tito de Alencar e seguiu até a praça Dom Helder Câmara. Participaram do ato entidades como a Central Única dos Trabalhadores, Intersindical, sindicatos de várias categorias e partidos como o PT e o PSOL. Em sua intervenção, o deputado estadual Renato Roseno (Psol) fez críticas ao corte de recursos para pesquisas e para a educação superior. Para o parlamentar, as universidades federais deram grande contribuição a avanços nos campos da medicina e da tecnologia, mas hoje estão sendo perseguidas pelo governo federal.
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