No último sábado (14), completaram-se dois anos do assassinato covarde de Marielle Franco e de Anderson Gomes no Rio de Janeiro. Um crime político que mancha a nossa democracia e que, até agora, não foi respondido. O silêncio ensurdecedor sobre isso significa muito. É uma mostra do colapso da democracia no Brasil, um dos países que mais matam defensoras e defensores de direitos humanos e do meio ambiente e que promove um genocídio contra a população negra e da periferia.

Marielle encarna nosso repúdio a esse cenário. Ela tornou-se símbolo de resistência das pessoas que fazem da vida um ato de luta. Uma resistência do tamanho do sorriso inigualável de uma mulher que sempre enfrentou o machismo, o racismo e a lgbtfobia. Por nós, seus pares de luta e de classe neste mundo, celebramos no 14 de março não a violência, mas a vida, o amor e a esperança.

Em Fortaleza, o 14 de março foi comemorado com um amanhecer na Praça do Ferreira, onde houve um café da manhã e performances de movimentos sociais; e com um debate sobre os dois anos de luta por justiça para Marielle e Anderson, no Centro de Formação Frei Humberto (confira nos links abaixo). Participaram do debate, além do deputado estadual Renato Roseno, Lourdes Vicente, militante do MST; Louise Santana, militante feminista do Setorial de Mulheres do PSOL, Ana Eugênia, assistente social, militante do Movimento Quilombola; e Beatriz Xavier, professora de Direito da UFC.

Seguiremos em luta contra retrocessos e ataques aos nossos direitos. E cantaremos, em vida: Marielle Presente!

Vídeos

[+] Confira o pronunciamento de Renato Roseno durante o amanhecer por Marielle, realizado na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza.

[+] Confira a intervenção de Renato durante o debate no Centro de Formação Frei Humberto.