Hospital Infantil Albert Sabin: em falta medicamentos de uso contínuo e controlado para diversas doenças

17/11/15 15:30

Fachada do Hospital Infantil Albert Sabin com adultos e crianças ao fundo

Crianças atendidas no Hospital Infanfil Albert Sabin, que precisam de medicação de uso contínuo e controlado, estão sem receber os medicamentos, que devem ser fornecidos pelo Governo do Ceará. A denúncia foi feita nesta terça-feira (17), pelo deputado estadual Renato Roseno (PSOL), na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado.

"Trago aqui mais um drama da saúde pública do Ceará: nesse exato momento, mais de 200 crianças, que sofrem com paralisia cerebral e outras doenças, que dependem de anticonvulsivantes de uso controlado e contínuo, estão sem os medicamentos. São remédios que custam, em média, R$ 200,00. Estão em falta no Hospital Infantil Albert Sabin: Hidroxiureia 500 mg, Ciclosporina solução, Fludrocortisona 0,1 mg, Vigabatrina 500 mg e Metotrexato", apontou o parlamentar do PSOL.

Para se ter noção da dimensão do problema, a Hidroxiureia é uma droga indicada na terapêutica de alguns tipos de câncer, como os de cabeça e pescoço, leucemia e melanoma; a Ciclosporina é um imunossupressor, indicado nos casos de transplantes, para evitar a rejeição do organismo ao novo órgão; a Fludrocortisona é um corticóide que interfere para regularizar a produção subnormal dos hormônios cortisol, aldosterona e hormônios sexuais; a Vigabatrina é prescrito nos casos de epilepsia; e o Metotrexato é aplicado ao tratamento de várias patologias, como psoríase, doenças reumáticas e câncer - leucemia, tumores de cabeça e pescoço, bexiga, pulmão, rim e testículo.

Ao definir a situação como absolutamente vexatória e uma violação gravíssima do direito à saúde, o deputado acrescentou que tem sido procurado pelos pais das crianças que dependem da medicação no sentido de pressionar a administração pública. "São pais e mães de crianças que dependem desses medicamentos de uso controlado e contínuo", reforçou.

Reafirmando que a suspensão no fornecimento da medicação se trata de uma violação do direito à saúde, Renato Roseno fez o apelo ao secretário da Saúde do Estado, Henrique Javi, para que dê a máxima prioridade à solução desse problema, já que o Hospital Infantil Albert Sabin é uma unidade mantida pelo Governo do Estado. "Estamos falando de filhos de trabalhadores que não podem comprar esse medicamento, são crianças que precisam de atenção máxima", concluiu.

Áreas de atuação: Saúde, Fiscalização e controle, Infância