O PSOL é imprescindível para a reorganização da esquerda no Brasil. A avaliação é do deputado estadual Renato Roseno (PSOL), que participou, no último fim de semana, do VI Congresso Nacional do partido, em Luziania (GO). Segundo Renato, o encontro aconteceu num momento muito importante da história do Brasil.
“De um lado, há uma série de golpes, contra os direitos da classe trabalhadora e contra a democracia, há o avanço do conservadorismo. De outro, há também um conjunto de novas gerações que estão fazendo as lutas mais diversas”, afirmou. “As lutas do mundo do trabalho, pra que nenhum direito da classe trabalhadora seja perdido, as lutas dos povos tradicionais, indígenas e quilombolas, as lutas contra quaisquer opressões contra negros e negras, contra a comunidade LGBT”.
Segundo Renato, o partido precisa fazer um balanço crítica da esquerda que lhe antecedeu, como forma de não cometer os mesmos erros. “Esse congresso nacional do PSOL nos reafirma como uma esquerda socialista, revolucionária, internacionalista, anti-racista, anti-homofóbica, democrática, plural, que sabe que o seu lugar e a sua legitimidade vêm das lutas”, avaliou. “É preciso, portanto, que o partido esteja dialogando cada vez mais com as classes trabalhadoras. E ele próprio servindo de exemplo para a sociedade que a gente quer”.
A criação do partido, de acordo com o parlamentar, foi um acerto e o congresso permite que seja feita essa avaliação. “Mas o PSOL tem uma tarefa, que é se reinventar permanentemente para que seja esse porta-voz das maiorias sociais, das classes trabalhadoras, dos sujeitos em contradição com o capital”, defendeu.
RESOLUÇÃO - O encontro aprovou resolução que reafirma a participação do partido, com candidatura própria, nas eleições presidenciais de 2018. De acordo com o documento, a candidatura própria do PSOL tem o desafio de ampliar o debate de reorganização da esquerda, tendo como lastro programático o processo democrático e participativo construído pela plataforma Vamos, além do acúmulo programático do partido. A mesma candidatura, destaca a resolução, também precisa ter como principal compromisso a revogação das medidas antipopulares do governo de Michel Temer, como a reforma trabalhista e a lei da terceirização.
“O PSOL construirá uma candidatura que represente uma ampliação para além de suas fileiras partidárias e expresse o acúmulo das lutas dos movimentos sociais combativos, da Frente Povo Sem Medo, das lutas no parlamento contra o golpe institucional e em defesa de um novo campo político na esquerda que expresse a negação da conciliação de classes como estratégia política”, afirma a resolução.
O nome que representará o partido na disputa eleitoral será definido em Conferência Eleitoral, no primeiro trimestre de 2018, composta por 126 delegados e delegadas. Pela resolução, as pré-candidaturas internas deverão se inscrever em até dez dias antes da referida conferência, através de procedimento a ser definido pela Executiva Nacional. “Para a definição do conjunto dos nossos candidatos e candidatas majoritários e proporcionais, orientamos os Diretórios Estaduais a abrirem um amplo debate que combine a presença em todas as regiões com a diversidade da nossa militância e a necessidade de ampliar o leque de representação e presença política e organizativa do partido”, ressalta, em relação às demais candidaturas em 2018. (Com informações da assessoria de comunicação/PSOL)
Confira íntegra da resolução em http://bit.ly/2A8Htwh