Na última quarta-feira (20), o deputado estadual Renato Roseno (PSOL) assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Para o parlamentar, essa foi uma vitória partilhada com os movimentos sociais que apoiaram sua postulação, marcada por inúmeras reuniões, debates partidários e por um manifesto assinado por mais de 200 organizações.
"Desde a década de 90, a comissão é uma trincheira muito valiosa para a militância dos mais diversos grupos de afirmação dos direitos humanos, que nela encontraram acolhimento e parcerias para suas lutas", avalia Roseno. "Essa diversidade permanece em nossos dias. A luta em defesa dos direitos humanos hoje é formada por várias lutas: das pessoas com deficiência, dos negros, dos indígenas, dos quilombolas, das mulheres, das crianças, do movimento LGBT, da juventude, dos trabalhadores em segurança pública, entre tantas outras".
No início do ano, através de uma carta pública, centenas de entidades e personalidades do estado manifestaram apoio à escolha de Renato para a presidência da comissão. O documento também pedia a indicação da vereadora Larissa Gaspar (PPL) para a mesma comissão na Câmara Municipal de Fortaleza. "Nesta nota, propomos o nome de parlamentares que têm sido parceiros, aliados e se destacado pela defesa dos direitos humanos, tanto em suas trajetórias como profissionais e militantes, como na condição na atuação nas casas legislativas", disseram as entidades.
Confira aqui a íntegra do manifesto.
Segundo o deputado, um dos maiores desafios na atual conjuntura será reafirmar uma concepção mais ampla de direitos humanos, lutando contra concepções equivocadas e preconceituosas que são difundidas na sociedade. "Direitos humanos para nós são um parâmetro civilizatório. Sem direitos humanos, surge a barbárie", defende Renato, que também ficou com uma vaga na Comissão de Meio Ambiente. "Nós seguiremos com nossa atuação em defesa do ecossocialismo e de uma gestão responsável dos nossos recursos hídricos; e também no enfrentamento ao uso de agrotóxicos e no estímulo à agroecologia".
