Renato denuncia escalada de violência contra a mulher no Ceará

23/08/18 10:42

Nove mulheres assassinadas no Ceará em 48 horas. A cultura machista e patriarcal, aliada à negligência do governo Camilo - que tem descumprido os acordos com os movimentos de mulheres em relação a políticas públicas e equipamentos -, segue deixando suas vítimas e seu lastro de ódio e opressão. Somente em 2018, já são mais de 220 mulheres assassinadas no Estado. Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa na última quarta-feira, Renato Roseno denunciou a crescente violência de gênero no Ceará.

“O governador Camilo Santana gasta zero de recursos com as mulheres para prevenir feminicídios (crime cometido em razão do gênero da vítima). É um verdadeiro descaso do Governo. Precisamos implantar nas escolas tarefas de prevenção da violência contra mulheres”, destacou Renato, que lembrou que todo município acima de 60 mil habitantes deveriam ter uma delegacia de atendimento à mulher. “O Ceará só tem 10 delegacias, enquanto deveria ter no mínimo 26. Precisamos cobrar que pelo menos seja executado o orçamento de políticas públicas do Governo para as mulheres”, afirmou.

Renato comparou as estatísticas de crimes contra as mulheres no Ceará. Em 2017, foram 365 mulheres mortas. Este ano, já são 220 e a tendência, segundo ele, se nada for feito, é que tenhamos mais de 500 mulheres assassinadas até o fim do ano. “Ficou prometido um Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres e um Plano Emergencial de Enfrentamento da Violência contra Mulheres que até agora estamos esperando”, enfatizou o parlamentar, que é autor de uma lei que cria a Semana Maria da Penha, calendário oficial de ações de conscientização contra a violência de gênero.

“Além das políticas públicas, precisamos combater o machismo. Homens precisam também denunciar a violência. O que mata essas mulheres é o patriarcado e o pensamento covarde de que a mulher é objeto de dominação”, afirmou.

Confira o pronunciamento de Renato: https://bit.ly/2PzMkLl

Áreas de atuação: Direitos Humanos, Mulheres, Segurança pública