Os desafios da segurança alimentar estão em debate, entre os dias 8 e 10 de outubro, em Fortaleza, durante a VI Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Cesan). Promovido pelo Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), colegiado vinculado à Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), o evento reúne cerca de 350 gestores públicos e privados dos 184 municípios cearenses.
A abertura aconteceu às 17h de terça-feira (8), com a presença da titular da SPS, Socorro França, e palestra da professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Marlene Marques Ávila, com o tema "Agenda de segurança alimentar e nutricional: desafios e possibilidades". Na manhã de quarta-feira (9), foi realizada a mesa redonda "A mobilização social como estratégia para alcançar o Direito Humano à Alimentação Adequada", que contou com a presença do deputado estadual Renato Roseno (PSOL); da professora Márcia Andreia Barros Moura Fé (UECE); da representante do Centro de Estudos do Trabalho e Assessoria ao Trabalhador (CETRA) Francisca Cristina Nascimento; e da representante da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) Regina Ângela Sales Praciano (CAISAN).
Em sua fala, Renato Roseno relacionou os temas dos direitos humanos e da segurança alimentar. Para o deputado, falar em agroecologia, em fortalecimento da agricultura familiar, em reforma agrária popular e camponesa, é falar de algo sofisticado e complexo, que é o reencontro das sociedades humanas com sua natureza. "A humanidade enfrenta a sua maior crise planetária e o tipo de alimentação que escolhemos está no centro disso. O alimento saudável, ecológico, que respeita tradicionalidades, e, sobretudo, nos permite soberania e segurança alimentar, é um alimento mais justo, do ponto de social e ambiental", defendeu Renato.
O parlamentar é autor da lei Zé Maria do Tomé (lei 16820/19), que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará. Também é autor de projetos que tratam de segurança alimentar e que tramitam na Assembleia Legislativa, a exemplo da proposta que proíbe a utilização e comercialização de produtos agrotóxicos formulados com base em neonicotinoides, principais responsáveis pela mortandade de abelhas; e da iniciativa que quer promover alimentação saudável nas escolas cearenses e excluir alimentos ultraprocessados e açucarados do cardápio das merendas escolares.
Resultado de 55 conferências municipais, 101 reuniões municipais ampliadas e 14 encontros territoriais no Estado, a VI Cesan busca ampliar e fortalecer os compromissos políticos à promoção da soberania alimentar, abordando o direito à alimentação adequada, assegurando a participação social e a gestão intersetorial na política e no sistema de segurança alimentar e nutricional no Estado. (Texto: Felipe Araújo, com informações da Ascom/SPS - Foto: Felipe Araújo)
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