Rosa Luxemburgo: Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir

06/03/15 12:00

Rosa Luxemburgo passeia em praça pública

"Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade?". A vida e o pensamento de Rosa Luxemburgo (1871-1919) são sempre inspiradores, especialmente nesses dias que antecedem o Dia Internacional da Mulher e, por isso mesmo, nos reavivam a reflexão sobre o mundo que temos e o mundo que queremos.

Por um Ceará, um Brasil, um mundo de homens e mulheres livres e iguais, sem sexismo, machismo nem homofobia, saudamos todas as mulheres, inspirados por essa revolucionária alemã de origem polonesa, cujos ideais continuam sendo universais. "Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres".

Avante! Como diz Rosa Luxemburgo, "quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem". A frase, cunhada por uma das principais revolucionárias e teóricas marxistas do século XIX, revela muito de si e da vida. Rosa Luxemburgo foi uma mulher em movimento, seguiu uma dinâmica mobilizadora do seu mundo interior e exterior. Pertencente a uma família judaica, nasceu em 1870 em um vilarejo que hoje faz parte da Polônia. O espírito libertário precoce a levou a começar a militância política ainda na adolescência, no Partido Revolucionário Proletário.

A trajetória política de Rosa foi uma trajetória de rupturas em busca de um sentido maior para a expressão de suas idéias, em busca da concretização mais próxima das suas convicções. Ela participou da fundação do Partido Socialista Polaco, com o qual rompeu para fundar a Social Democracia do Reino da Polônia. A revolucionária defendia que a independência do país só seria possível por meio, obviamente, de uma revolução, nos impérios da Alemanha, Áustria e Rússia. A socialista acreditava que, para a conquista dessa autonomia, o combate ao capitalismo era uma prioridade.

Após fixar-se em Berlim, em fins do século XIX, Rosa Luxemburgo tornou-se uma grande líder do movimento revolucionário operário alemão e passou a se destacar entre os socialistas europeus. Militando no Partido Socialista Alemão, ela fundou o histórico núcleo de esquerda Liga Spartacus que, junto com outros agrupamentos políticos, deram origem ao Partido Social Democrata Independente, organização com a qual também rompeu para fundar o Partido Comunista da Alemanha, permanecendo nele até a morte.

Áreas de atuação: Direitos Humanos, PSOL, Mulheres