Para barrar o aumento da tarifa! Queremos energia limpa e barata para todos(as)! Por energia solar residencial!
O grupo Enel, que controla a Coelce, já anunciou mais um aumento da tarifa - esse seria o maior da região Nordeste e o 4º mais alto do país, sendo menor apenas que os da das distribuidoras paulistas CPFL Jaguari, cujo reajuste foi de 17,12% para a classe residencial; seguida pela CPFL Sul Paulista (17,03%) e pela CPFL Leste Paulista (14,53%). A própria Coelce admitiu que, em 2016, esse aumento ficou acima do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no mesmo período, que foram, respectivamente, 11,56% e 9,39%.
Os constantes aumentos e a má qualidade dos serviços causam indignação na população. Dessa forma, acreditamos ser necessária uma ampla consulta ao povo, para que esse decida sobre a oportunidade ou não de reversão dessa privatização, que merece ser ser examinada à luz da história em seus vários aspectos. Passados dezoito anos, cabe ao povo avaliar o sucesso dessa privatização. Uma análise atenta nos mostra que os pressupostos fundamentadores da privatização não surtiram os efeitos prometidos. O aumento da lucratividade da empresa deu-se a custa da visível piora das condições de trabalho de seus funcionários. Enquanto seu quadro funcional mais experiente e qualificado foi paulatinamente substituído por mão de obra terceirizada e precarizada, cresceram sobremaneira os acidentes de trabalho, com mais de sessenta mortes de operários, atestando a pouca atenção dada aos trabalhadores por parte da empresa italiana Enel, quinta maior empresa de energia elétrica do mundo.
Sobre plebiscito reestatização da Coelce: A Câmara Municipal de Fortaleza concluiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito, cujo relatório final confirma a prática de várias irregularidades cometidas pela empresa. Segundo o parecer, a CPI constatou gravíssimas irregularidades no manejo dos resíduos sólidos dos materiais utilizados em uma usina clandestina de reciclagem em Maracanaú, instalada em terreno sem licença ambiental. Consta também no documento a descrição da existência de condição análoga à escravidão dos trabalhadores responsáveis pela reciclagem dos resíduos, que recebiam salários irrisórios e encontravam-se submetidos a jornada extenuantes e, ainda por cima, desprovidos de equipamentos de segurança adequados. Por fim, a CPI ainda sugere ainda à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará a realização de consulta à população, por meio de plebiscito, sobre obre a renovação ou não do contrato de concessão da Coelce.